54 mortes registradas no município Pentecoste foram causadas por doenças do aparelho respiratório AVC, infarto e hipertensão, diz médico Dr. Manuel Fonseca
O médico epidemiologista Manuel Fonseca disse que “muitas mortes podem ser evitadas, em Pentecoste, se a atenção à saúde funcionar melhor”. A afirmação foi feita durante a palestra para o movimento Pentecoste Olha pra Frente, realizada nesta sexta feira (8), na Câmara Municipal, em que o médico destacou as causas das mortes no município.
Segundo Fonseca, em 2015, 54 mortes registradas no município foram causadas por doenças do aparelho respiratório (AVC, infarto, hipertensão), correspondendo a 25% do total. “O índice é muito alto e está aumentando”, analisou o médico, para quem a taxa “pode indicar políticas públicas para as pessoas se alimentarem melhor e fazerem mais atividade física”.
Casos de câncer
O estudo mostrou que a segunda causa de morte no mesmo ano foi o câncer, com 32 casos, ou 14,8% do total, sendo os cânceres de pulmão e estômago os que mais mataram homens, e os de mama e de pulmão os que mais causaram mortes em mulheres. “São tipos de câncer evitáveis, se forem prevenidos ou descobertos a tempo de tratar”, alertou, questionando o papel do poder público no município. “O câncer de pulmão está muito alto em homens e mulheres, e isso precisa ser visto”, advertiu.
Causas externas
Fonseca chamou atenção para as mortes por causas externas (homicídios e acidentes de trânsito), que estão na quarta colocação, com 28 casos, em 2015, ou 13,0% do total. Os homicídios e os acidentes estão crescendo, o que exigiria novas políticas públicas por parte da Prefeitura. “É preciso discutir a cultura de paz nas escolas e é preciso discutir também o uso do capacete (para motociclistas)”, aconselhou. A terceira causa de morte em Pentecoste são as doenças do aparelho respiratório, com 31 casos no ano (14,0%).
Mortalidade Infantil
Outro dado alarmante é o crescimento da mortalidade infantil, que saltou de dois casos (4/1 mil nascidos), em 2010, para oito casos (13,9/1 mil), em 2015. O índice mais que triplicou em cinco anos e colocou Pentecoste na terceira pior posição entre os municípios da região, atrás apenas de Apuiarés (19,9%) e Umirim (19,2%). “Metade dos que morreram foi por má formação durante a gravidez”, apontou o médico. “Isso pode ser por tentativa de aborto, por consumo de droga, é um problema que precisa ser investigado”.
Fonte: Movimento Pentecoste Olha pra Frente
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