Em Tejuçuoca, no Ceará, programa social distribui caprinos a jovens
Em Tejuçuoca, no Ceará, o programa social Bolsa Bode que distribui caprinos a jovens da cidade chega a segunda turma. Segundo a prefeitura do município, 92% dos participantes da primeira turma do programa instituído em 2009 continuam na atividade. Atualmente, 20 jovens de 18 a 25 anos, recebem a Bolsa Bode e integram a Associação dos Criadores de Tejuçuoca.
Cada um recebeu 10 cabras e um bode reprodutor, além de R$ 100 por mês. Das 200 cabras entregues na primeira fase nasceram 207, mas 20 morreram, restando 187.
Antônio Neiberto Coelho Almeida, 22 anos, integrou a primeira turma contemplada com a bolsa. Na época, 2009, ele estudava na Escola Agrotécnica de Umirim, município próximo a Tejuçuoca. "No fim de um ano, a gente precisa devolver uma cria para o projeto e ajudar a turma seguinte", explica Neiberto.
Os critérios para participar, segundo ele, é ser morador da área rural e ter vínculo com agropecuária. "Os técnicos da Prefeitura visitam a propriedade da gente para ver se a gente está no perfil", diz ele, que cria os animais para o abate, mas acrescenta que há muitas formas ganhar a partir de derivados do caprino. "São animais que procriam muito rápido. Em torno de duas crias e meia por ano" diz, satisfeito.
Neiberto, hoje técnico em agropecuária, continua no ramo e afirma que o projeto ajudou a melhorar a renda. "Já saí do projeto e já penso em reestruturar minha propriedade. Se eu não tivesse participado do Bolsa Bode, eu teria muita dificuldade em iniciar uma criação dessas", afirma.
Ele conta ainda que a atuação abriu portas para um emprego no Instituto Agropolos do Ceará, organização social de apoio ao desenvolvimento rural sustentável no Estado.
Bolsa Bode incentiva outras ações
Na carona do chamado Bolsa Bode, Tejuçuoca criou mais cinco programas de assistência social: Bônus Verde, Bolsa Cactus, Tejuflora, Leite Alimenta, Agente Educar.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Tejuçuoca, Paulo César Uchoa Braga, R$ 1,2 milhão é investido em projetos relativos ao agronegócio, por meio de financiamentos do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Lançado no último sábado (30), o Bônus Verde foi criado em parceria com o Banco do Brasil, na qual a Prefeitura oferece 5% do valor do crédito, para que o beneficiado participe de cursos sobre meio ambiente, tecnologias de criação de caprinos e ovinos, empreendedorismo rural e tenha acompanhamento técnico durante um ano e meio.
Os beneficiados iniciaram sua participação durante o Tejubode, com a compra de animais e participando de capacitações durante o evento.
Inicialmente, o Bônus Verde tem 35 participantes, que receberam R$ 2,5 mil, cada, para a estrutura de suas propriedades e a compra de caprinos e ovinos. Os selecionados pra projeto foram os produtores que mostraram melhor convivência com a conservação do semiárido.
A escolha é feita a partir de visita de técnicos, que verificam os que têm maior aptidão de criar os animais. "Eles (beneficiados) têm de cumprir as práticas de conservação ambiental, como não fazer queimadas e optar pelo plantio direto e captação in situ (manejo do solo, por tração mecânica ou animal, para captação e infiltração da água na terra)", acrescenta.
Inicialmente para 12 famílias, o Bolsa Cactus concede treinamento para o plantio da cactácea e R$ 100 durante um ano. São aplicativos para formar cactos ornamentais. "Com a Copa (do mundo de futebol), vão precisar para decoração (dos cactos) aqui no Ceará", declara o prefeito de Tejuçuoca, Edilardo Eufrásio da Cruz (PSDB).
Criado há dois meses, o Tejuflora consiste na capacitação de estudantes pela Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social, com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na produção de plantas nativas e ornamentais. Os estudantes, que devem ter bom desempenho escolar, já participaram do Tejubode com a venda dos produtos e participação em oficinas tecnológicas.
O projeto Agente Educar concede bolsa de R$ 300 para 200 jovens universitários para ministrar aulas de reforço escolar a estudantes da zona rural de Tejuçuoca. "A gente quer melhorar os índices de educação e ainda ajuda a pagar a faculdade", afirma o prefeito.
Cada um recebeu 10 cabras e um bode reprodutor, além de R$ 100 por mês. Das 200 cabras entregues na primeira fase nasceram 207, mas 20 morreram, restando 187.
Neiberto Coelho, 22 anos, participou da primeira turma do Bolsa Bode e já pensa em expandir (Foto: Giselle Dutra/G1 CE) |
Antônio Neiberto Coelho Almeida, 22 anos, integrou a primeira turma contemplada com a bolsa. Na época, 2009, ele estudava na Escola Agrotécnica de Umirim, município próximo a Tejuçuoca. "No fim de um ano, a gente precisa devolver uma cria para o projeto e ajudar a turma seguinte", explica Neiberto.
Os critérios para participar, segundo ele, é ser morador da área rural e ter vínculo com agropecuária. "Os técnicos da Prefeitura visitam a propriedade da gente para ver se a gente está no perfil", diz ele, que cria os animais para o abate, mas acrescenta que há muitas formas ganhar a partir de derivados do caprino. "São animais que procriam muito rápido. Em torno de duas crias e meia por ano" diz, satisfeito.
Neiberto, hoje técnico em agropecuária, continua no ramo e afirma que o projeto ajudou a melhorar a renda. "Já saí do projeto e já penso em reestruturar minha propriedade. Se eu não tivesse participado do Bolsa Bode, eu teria muita dificuldade em iniciar uma criação dessas", afirma.
Ele conta ainda que a atuação abriu portas para um emprego no Instituto Agropolos do Ceará, organização social de apoio ao desenvolvimento rural sustentável no Estado.
O bode é a principal atração da feira em Tejuçuoca que, este ano teve a 10ª edição. (Foto: Giselle Dutra/G1 CE) |
Bolsa Bode incentiva outras ações
Na carona do chamado Bolsa Bode, Tejuçuoca criou mais cinco programas de assistência social: Bônus Verde, Bolsa Cactus, Tejuflora, Leite Alimenta, Agente Educar.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente de Tejuçuoca, Paulo César Uchoa Braga, R$ 1,2 milhão é investido em projetos relativos ao agronegócio, por meio de financiamentos do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Lançado no último sábado (30), o Bônus Verde foi criado em parceria com o Banco do Brasil, na qual a Prefeitura oferece 5% do valor do crédito, para que o beneficiado participe de cursos sobre meio ambiente, tecnologias de criação de caprinos e ovinos, empreendedorismo rural e tenha acompanhamento técnico durante um ano e meio.
Os beneficiados iniciaram sua participação durante o Tejubode, com a compra de animais e participando de capacitações durante o evento.
Inicialmente, o Bônus Verde tem 35 participantes, que receberam R$ 2,5 mil, cada, para a estrutura de suas propriedades e a compra de caprinos e ovinos. Os selecionados pra projeto foram os produtores que mostraram melhor convivência com a conservação do semiárido.
A escolha é feita a partir de visita de técnicos, que verificam os que têm maior aptidão de criar os animais. "Eles (beneficiados) têm de cumprir as práticas de conservação ambiental, como não fazer queimadas e optar pelo plantio direto e captação in situ (manejo do solo, por tração mecânica ou animal, para captação e infiltração da água na terra)", acrescenta.
Inicialmente para 12 famílias, o Bolsa Cactus concede treinamento para o plantio da cactácea e R$ 100 durante um ano. São aplicativos para formar cactos ornamentais. "Com a Copa (do mundo de futebol), vão precisar para decoração (dos cactos) aqui no Ceará", declara o prefeito de Tejuçuoca, Edilardo Eufrásio da Cruz (PSDB).
Criado há dois meses, o Tejuflora consiste na capacitação de estudantes pela Secretaria Municipal do Trabalho e Ação Social, com apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na produção de plantas nativas e ornamentais. Os estudantes, que devem ter bom desempenho escolar, já participaram do Tejubode com a venda dos produtos e participação em oficinas tecnológicas.
O projeto Agente Educar concede bolsa de R$ 300 para 200 jovens universitários para ministrar aulas de reforço escolar a estudantes da zona rural de Tejuçuoca. "A gente quer melhorar os índices de educação e ainda ajuda a pagar a faculdade", afirma o prefeito.
Fonte: G1 Ce
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