Depois da briga, a "operação abafa"
Dois dias após o atrito envolvendo Cid Gomes e dois deputados federais, membros da bancada cearense dão diferentes versões para o ocorrido, mas minimizam possíveis estremecimentos entre o Palácio Iracema e membros da bancada do Ceará
Bate-boca? Que bate-boca? É como se nada tivesse acontecido. Dois dias após o atrito envolvendo o governador Cid Gomes (PSB) e os deputados federais Pedro Ribeiro (PMDB) e Vicente Arruda (PR), parlamentares da base aliada do Executivo se esforçam para enterrar o assunto e evitar que o mal estar da última sexta-feira contamine as relações entre Governo e a bancada do Ceará.
O pacto de silêncio firmado logo após o episódio parece estar mantido. A maior parte dos parlamentares com quem O POVO conversou ontem evitou esticar a conversa e tratou de destacar que, agora, o tema foi jogado para segundo plano. Apesar disso, novas e diferentes versões sobre o fato dão sinais de que poderá haver desdobramentos.
Conforme O POVO mostrou no último sábado, o desentendimento ocorreu durante reunião no Palácio Iracema, depois que Pedro Ribeiro cobrou de Cid a liberação de verbas prometidas aos deputados, que as destinariam a obras e projetos no Interior do Estado.
O governador teria reagido à cobrança, afirmando que, conforme havia sido supostamente combinado, o dinheiro só seria liberado depois que os parlamentares conseguissem empenhar as emendas feitas por eles ao Orçamento da União.
A divergência teria dado início a um bate-boca que acabou abortando a reunião, após xingamentos e gritos de ambas as partes.
Segundo um parlamentar presente ao encontro, que pediu para não ser identificado, não só Vicente Arruda teria se solidarizado com a cobrança de Ribeiro, mas também o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB). A mesma fonte questionou a postura do coordenador da bancada, deputado federal José Guimarães (PT), que teria sido “pouco enérgico e omisso” durante a confusão. “Outras pessoas também acharam isso”, afirmou.
Ao afirmar que, passado o desentendimento, os participantes da reunião - exceto Cid - dirigiram-se para outra sala para tentar acalmar os ânimos, a fonte acrescentou que Guimarães teria convocado, naquele momento, uma reunião para amanhã em Brasília, para discutir os desdobramentos da confusão.
Águas passadas
O coordenador da bancada, entretanto, negou que tenha sugerido qualquer reunião para tratar do tema. “Isso é assunto periférico, não está na agenda da bancada. Temos uma semana duríssima pela frente, com votações importantes na Câmara, e não podemos perder tema com isso. Estresse, na política, todo dia tem”, minimizou.
Questionado sobre o teor do acordo de financiamento de projetos apontados por parlamentares, que levou ao bate-boca entre o governador e os dois deputados, Guimarães, evasivo, disse desconhecer o assunto - embora tal acordo tenha sido formalizado por Cid através do Pacto de Cooperação Federativa, em 2007. Guimarães tratou de destacar que a interlocução de Cid com a bancada não ficará prejudicada pelo incidente.
>> O POVO tentou contato com os deputados Raimundo Gomes de Matos, Pedro Ribeiro e Vicente Arruda, durante toda a tarde de ontem. Os celulares encontravam-se desligados ou as ligações não foram atendidas. Em viagem ao Interior do Estado, o governador Cid Gomes também foi procurado, mas sua assessoria de imprensa informou que, ontem, não seria possível contactá-lo.
E-Mais
A ORIGEM DO BATE-BOCA
>Os ânimos na reunião da última sexta-feira, no Palácio Iracema, teriam esquentado antes mesmo da cobrança do deputado federal Pedro Ribeiro.
>O governador Cid Gomes teria atacado fortemente o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), ao reclamar que os recursos da pasta priorizam as obras da ponte que liga o Cocó à Sabiaguaba, em detrimento de outras demandas do Estado.
>De acordo com relatos de presentes, que pediram para não ter a identidade revelada - o governador teria se dirigido diretamente à deputada Gorete Pereira (PR), que pertence ao mesmo partido que o ministro Nascimento.
>A parlamentar não teria reagido aos ataques.
Fonte:OPOVO
Bate-boca? Que bate-boca? É como se nada tivesse acontecido. Dois dias após o atrito envolvendo o governador Cid Gomes (PSB) e os deputados federais Pedro Ribeiro (PMDB) e Vicente Arruda (PR), parlamentares da base aliada do Executivo se esforçam para enterrar o assunto e evitar que o mal estar da última sexta-feira contamine as relações entre Governo e a bancada do Ceará.
O pacto de silêncio firmado logo após o episódio parece estar mantido. A maior parte dos parlamentares com quem O POVO conversou ontem evitou esticar a conversa e tratou de destacar que, agora, o tema foi jogado para segundo plano. Apesar disso, novas e diferentes versões sobre o fato dão sinais de que poderá haver desdobramentos.
Conforme O POVO mostrou no último sábado, o desentendimento ocorreu durante reunião no Palácio Iracema, depois que Pedro Ribeiro cobrou de Cid a liberação de verbas prometidas aos deputados, que as destinariam a obras e projetos no Interior do Estado.
O governador teria reagido à cobrança, afirmando que, conforme havia sido supostamente combinado, o dinheiro só seria liberado depois que os parlamentares conseguissem empenhar as emendas feitas por eles ao Orçamento da União.
A divergência teria dado início a um bate-boca que acabou abortando a reunião, após xingamentos e gritos de ambas as partes.
Segundo um parlamentar presente ao encontro, que pediu para não ser identificado, não só Vicente Arruda teria se solidarizado com a cobrança de Ribeiro, mas também o deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB). A mesma fonte questionou a postura do coordenador da bancada, deputado federal José Guimarães (PT), que teria sido “pouco enérgico e omisso” durante a confusão. “Outras pessoas também acharam isso”, afirmou.
Ao afirmar que, passado o desentendimento, os participantes da reunião - exceto Cid - dirigiram-se para outra sala para tentar acalmar os ânimos, a fonte acrescentou que Guimarães teria convocado, naquele momento, uma reunião para amanhã em Brasília, para discutir os desdobramentos da confusão.
Águas passadas
O coordenador da bancada, entretanto, negou que tenha sugerido qualquer reunião para tratar do tema. “Isso é assunto periférico, não está na agenda da bancada. Temos uma semana duríssima pela frente, com votações importantes na Câmara, e não podemos perder tema com isso. Estresse, na política, todo dia tem”, minimizou.
Questionado sobre o teor do acordo de financiamento de projetos apontados por parlamentares, que levou ao bate-boca entre o governador e os dois deputados, Guimarães, evasivo, disse desconhecer o assunto - embora tal acordo tenha sido formalizado por Cid através do Pacto de Cooperação Federativa, em 2007. Guimarães tratou de destacar que a interlocução de Cid com a bancada não ficará prejudicada pelo incidente.
>> O POVO tentou contato com os deputados Raimundo Gomes de Matos, Pedro Ribeiro e Vicente Arruda, durante toda a tarde de ontem. Os celulares encontravam-se desligados ou as ligações não foram atendidas. Em viagem ao Interior do Estado, o governador Cid Gomes também foi procurado, mas sua assessoria de imprensa informou que, ontem, não seria possível contactá-lo.
E-Mais
A ORIGEM DO BATE-BOCA
>Os ânimos na reunião da última sexta-feira, no Palácio Iracema, teriam esquentado antes mesmo da cobrança do deputado federal Pedro Ribeiro.
>O governador Cid Gomes teria atacado fortemente o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), ao reclamar que os recursos da pasta priorizam as obras da ponte que liga o Cocó à Sabiaguaba, em detrimento de outras demandas do Estado.
>De acordo com relatos de presentes, que pediram para não ter a identidade revelada - o governador teria se dirigido diretamente à deputada Gorete Pereira (PR), que pertence ao mesmo partido que o ministro Nascimento.
>A parlamentar não teria reagido aos ataques.
Fonte:OPOVO
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