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Açude Pereira de Miranda Pentecoste



Fotos OPOVO
O que causa a degradação
- Falta de saneamento básico nos municípios que compõem a Bacia do Curu, lançando dejetos no leito dos rios e riachos que abastecem os grandes reservatórios.

- Utilização desordenada do solo às margens dos rios, riachos e açudes. Aliado a isso, há o uso excessivo de produtos químicos. A comercialização desse produto é muito comum na região e o uso é indiscriminado. A tendência é causar a mortandade de peixes e a impossibilidade do uso da água para consumo.

- Através de um levantamento dos lixões no município de Pentecoste, observou-se que os mesmos também apresentam sua localização próxima aos mananciais hídricos, podendo vir a comprometer não somente o ambiente onde se é depositado os resíduos sólidos, mas comprometer o lençol freático, os aqüíferos e até mesmo o leito do rio Curu, que fica muito próximo da zona urbana.

- Outro aspecto que merece uma atenção especial é o lixo hospitalar (Hospital Fundação de Saúde do Município de Pentecoste), que é jogado diretamente no lixão sem tratamento e que, às vezes, serve de brinquedo para as crianças.

- A rede de distribuição de água na sede do município é de aproximadamente 24.970m de extensão e atende 3.475 ligações residenciais, beneficiando uma população de 14.024 habitantes. As populações da zona rural não dispõem de água tratada.

- O sangradouro do Pentecoste está próximo a uma canal de aproximação com vegetação semi-arbustiva e construções irregulares.

- Construções particulares dentro da área de preservação permanente. A permissão para casas é de 800 metros da margem, mas isso não é obedecido.

- Área de Preservação Permanente (APP) totalmente invadida por construções urbanas sem qualquer saneamento básico nas proximidades dos bares e restaurantes que formam o pólo de lazer às margens do Pentecoste.


Nas águas do Pentecoste

- Mais de 50 barcos fazem o trajeto em dia de feira no açude Pentecoste, dando até cinco viagens. No dia normal, 200 canoas passeiam pelo açude em busca da pesca. O passeio é tranqüilo e em 40 minutos se chega a ilha da Malhada, a primeira do açude. Com o vento, aumenta a marola no leito e essas pequenas ondas crescem no encontro das águas que formam os rios Canindé e Capitão-Mor. Ao longo do passeio não é difícl encontrar retratos da degradação ambiental. Quase nenhum dos barcos viaja com coletes. Quando se vê pessoas com colete nos barcos, os pescadores já pensam que é alguém do Ibama, afirmam os técnicos do Cogerh.

Orgulho do Pereirão
- Raimundo Lopes Neto, comerciante de um restaurante na beira do açúde, não se furta a conversar sobre o maior símbolo da cidade. "Aqui o açude é um grande desenvolvimento para o município". Ele mantém no estabelecimento várias fotos de etapas do Pentecoste e se anima quando as expõe ou conta as histórias do local para os visitantes.

Vida depois do cemitério
- Depois da liberação pelas válvulas dispersoras, a água do Pentecoste ganha dois caminhos: os perímetros irrigados por tubulação e o leito do rio Curu. "Essas águas voltam a se unir depois do cemiteriozinho de Pentecoste. Ali o Curu ganha nova vida", diz Henrique Gomes, técnico da Cogerh.

Tensões
- As tensões sobre o uso da água afloram no comitê de Bacia. Se na jusante a briga é dos colonos que querem mais água, à montante é por não soltar. Todo dia tem problema. São pessoas que não conhecem as normas e às vezes, os que conhecem, não as respeitam.

Pirarucu
- O DNOCS mantém um centro de pesquisa na região com a liberação da água do Pentecoste. Começou a funcionar em 1969 e é dirigida pelo professor Pedro Eymar. Ali se produz alevinos e é utilizada também para trabalhos de extensão universitária. No local está sendo estudada a adaptação do Pirarucu, peixe tipicamente da Amazônia, ao Nordeste, com a intenção de levá-lo para viver em cativeiro.

Malhada de Baixo
- A caminhada de uma margem à outra da Malhada, ilha do Pentecoste, leva cerca de 40 minutos. Sob o sol forte, o garoto Joserlan, guia que nos leva na travessia, conta casos, fala sobre futebol, política e relata o dia-a-dia no lugar. No outro lado mora seu Dico, 75, um dos moradores mais antigos. Velhinho e debilitado pela gripe, fala pouco. A pesca está fraca, relata pelo que ouviu dizer, já que não pesca mais. ''Tem muito pescador na região. Os pescadores mesmo dizem que os peixes estão ficando velhacos´´.

PERFIL: AÇUDE PENTECOSTE
Nome: Pereira de Miranda
Inauguração: 1957
Localização: Pentecoste (a 85km de Fortaleza), no Norte do Estado
Bacia: Curu
Capacidade total: 395.630.000 milhões m³
Capacidade atual (*): 204.950.000 milhões de m³ (51,8%)
Última vez que sangrou: 2004
Vazão: 2.500 litros/s pela válvula dispersora a jusante
Rio barrado: Canindé
Atende a quê: A perenização do rio Curu; a irrigação das terras de jusante, juntamente com as águas armazenadas nos açudes General Sampaio, Caxitoré e Frios, até Paraipaba, para abastecer os perímetros Curu-Pentecoste e Curu-Paraipaba; a exploração da piscicultura e o aproveitamento para culturas nas áreas de montante.
Raimundo Moura

Radialista formado, blogueiro, graduando em serviço social e Conselheiro Tutelar, atualmente apresento o Programa Alerta Geral Vale do Curu pela 91.9 de Pentecoste e colaboro com o Jornal Integração da Atitude FM de Itapajé.

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