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Programa espacial no CE


Ministro da Tecnologia sugere base no Pecém; porém, governo quer implantá-la em outra área

O Ceará poderá fazer parte do Programa Espacial de Foguetes. Se depender do governo cearense, uma parte da Base de Alcântara será transferida para o litoral do Estado. A mudança se dará por uma desapropriação de terra realizada na península, no Maranhão: o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) baixou uma portaria decretando como área quilombola 78 mil hectares dos 114 mil hectares que constituem a base de lançamento. O Pecém, devido à estrutura do Porto, poderia abrigar o Complexo Espacial Brasileiro (CEB), quatro centros de lançamento de foguetes. O Governo parece estar em cima do muro sobre o local.

Sem querer confirmar nem negar nada sobre a possível instalação, o Governo do Estado informou que está em fase de negociação. Segundo a administração, não existe essa questão de transferência da Base de Alcântara para o Ceará. Na verdade, existe uma negociação, um estudo para criar uma atividade desse tipo no Estado. O Ministério da Ciência e Tecnologia contatou o Governo do Estado, mas as discussões ainda estão no começo.

Segundo dirigentes da base, o município escolhido deverá abrigar parte do Complexo Espacial Brasileiro (CEB) com centros de lançamento de foguetes e o Veículo Lançador de Satélites (VLS), que é desenvolvido pela Aeronáutica. Também seriam construídos hotéis e clubes a fim de atrair para Alcântara extensões universitárias inteiramente voltadas para a tecnologia espacial.

O local de instalação da Base de 3 mil hectares de área, ainda não está definido, mas será na Faixa Litorânea do Ceará. A região do Porto do Pecém, segundo o Governo, está descartada por não ter espaço e já comportar grandes estruturas como a ZPE (Zona de Processamento de Exportação), a termelétrica, a siderúrgica e a refinaria. Entre tantas incertezas, algo parece certo: as autoridades decidiram construir o CEB no litoral do Nordeste. Em especulações do Ministério da Ciência e Tecnologia, o Pecém seria o local mais adequado para receber a base. O Município está localizado a 3,2 graus em relação à linha do Equador. Além disso, a região é próxima de Fortaleza, tem um centro universitário em Sobral, ou seja, boa parte da infraestrutura que teria de ser feita no Maranhão.

» Demarcação. O Governo Federal decidiu conceder a titularidade de 71,8 mil hectares às comunidades quilombolas da região. Trata-se da mesma área que seria destinada para a implantação do Centro Espacial de Alcântara, e que serviria para a instalação dos sítios de lançamento espacial, contemplados por um tratado firmado em 2003 entre Brasil e Ucrânia.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, deverá pedir uma extensão do sítio de 9,2 mil hectares no qual estão agora abrigados a Alcântara Cyclone Space (ACS) e o programa do VLS da Aeronáutica. Quem decretou a área quilombola foi o Incra, que conta com o apoio da Secretaria da Igualdade Racial para a decisão. O Ministério da Ciência e Tecnologia foi contrário à extensão decretada.

Fonte:Jornal O Estado
Raimundo Moura

Radialista formado, blogueiro, graduando em serviço social e Conselheiro Tutelar, atualmente apresento o Programa Alerta Geral Vale do Curu pela 91.9 de Pentecoste e colaboro com o Jornal Integração da Atitude FM de Itapajé.

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